2015-09-24

Silêncio

Um momento irritante. Doloroso inicialmente. Libertador no final.
Não há ruídos. Apenas a gritante presença do vazio.
Uma circunstância que oferece uma única opção ao sujeito: Sentir!
Sinta suas falhas. Assuma suas fraquezas. Chore no final. 

2015-09-12

Velhos Truques


Quando encontro sorrisos demais em rostos demasiadamente alegres, sinto que a solidão ali faz morada!

DarkMoon


2015-09-04

O Segredo


O segredo é conhecer profundamente a si mesmo.
Se não conhece seus limites, sua intrínseca existência, suas verdadeiras paixões e seus terrores, como poderá concluir o outro?

Isso é arrogância, simples e ingênua.

DarkMoon

2015-08-25

Desfeita


a respiração falha,
as mãos transpiram,
o coração desconhece seu próprio ritmo,
e a alma pouco a pouco se despedaça.


DarkMoon


Sem Lar

Não pertenço a esse mundo, a nova era destrói a cada dia um pedaço do que sou. Lamentavelmente tudo o que tenho é uma memória longa, que se alimenta de tempos passados, sentimentos corrompidos e um futuro pobre, devastado pela ambição desmedida.

DarkMoon


Poder

O poder de uma mulher não está na beleza ou no sorriso dela, mas na inteligência e seu bom uso para capturar os cinco sentidos.


Tato, um toque para capturar a sensibilidade.Olfato, memórias do verão e do calor do sol na pele nua.Audição, seu riso leve e gentil como um sino de cristal.Visão, um olhar... que se demora e promete muito mais.E, finalmente, o paladar.

Drácula - NBC

DarkMoon


Ilusão


Não se iluda!
Seus desejos mais profundos permanecerão insatisfeitos.


DarkMoon


Wuthering Heights




Emily Brontë
(Heathcliff)

Murmúrios


O som do mundo é ensurdecedor.
Prefiro os murmúrios noturnos da minha alma aos delírios entorpecentes desses dias vazios de paixão.

DarkMoon


Palavras

Palavras são odiosas, porque são fáceis.

Caos


Meus pensamentos são caóticos;
Você destrói minhas decisões, comanda meu sono, perturba o meu inferno particular, domina meu êxtase.
Odiá-la não é suficiente, esquecê-la é impossível e meus esforços são vãos, porquê só me fazem desejá-la mais.

DarkMoon

Ruínas

Todos estão caindo e decaindo. As aflições da alma nos fazem sucumbir às tentações que tem suas origens na dor e na repreensão; tornam-se pensamentos fixos e são o combustível para as atitudes mais impulsivas e inconsequentes da vida.
O intelecto se renova a cada minuto mas a alma permanece imutável. Não importam quantas vezes, nem onde nem as circunstâncias do seu renascimento; ela tratá consigo a bagagem de suas viagens anteriores.
O sofrimento prevalece e no seu seio gera seus filhos; sentimentos obscuros e inadmissíveis em nossa vida medíocre, porquê queremos ser bons e aceitos.
Engana-se aquele que acredita no perdão, no amor incondicional e na bondade altruísta; conceitos decadentes, elaborados por uma sociedade hipócrita, cheia de tabus e presa por amarras de aço.


DarkMoon

2015-08-24

A Claustrofobia em Negro e Vermelho

Na claustrofóbica noite a lua eleva-se prateada.
As nuvens dançam ao seu redor, coroando-a, cintilando seu magnetismo e atormentando cada milímetro das minhas veias enegrecidas pelo tempo e seus males. 
Poetas recitam versos românticos e apaixonados, compositores fazem canções enaltecendo sua beleza e graça, artistas pincelam sua nobreza e soberania. Por mim é condenada a reinar solitária, esquecida e atemporal, desprovida de luz, consumida por seu próprio reflexo.
A tempestade queima minha alma, reacendendo antigas memórias, e meu corpo inanimado envenena-se com paixões cruéis e violentas.
Você não está aqui, a única que poderia saciar minha sede, brindando-me com seu sangue turbulento, vivo, quente. Mas seus olhos vermelhos, com luxúria contida e uma discrição cínica que sempre ousaram manter, ignoram minhas súplicas. Como uma reza voluptuosa, quase sacrossanta, implorando por saciedade. Castigando justamente aquele que a presenteou com a eternidade e ímpios prazeres.

Duplicidade

As criaturas revelam-se ao anoitecer, seu momento no silêncio gutural de um mundo ultrajado.

Pensamentos ocultos transbordam as psiques, rebelando-se contra a moral pragmática, destruindo as defesas delicadas da consciência humana.

O vil se mostra ao nobre, a paixão ao amor, a crueldade à benevolência, o libertino à modéstia.

Um pacto, um vício, uma necessidade.